6 investimentos para receber renda passiva

Quem está em busca de um reforço periódico de caixa, pode contar com alguns investimentos para receber renda passiva de tempos em tempos, ou mesmo mensalmente.

Normalmente, quando pensamos em renda extra com investimentos, lembramos das ações que pagam dividendos. Mas existem alternativas também na renda fixa, e para todos os bolsos e perfis de investidores, desde os mais conservadores até os mais arrojados.

Portanto, se você está pensando em investir para receber proventos periodicamente, ou se já faz isso e deseja mais diversificação, confira a seguir seis alternativas para a sua carteira!

1 – Tesouro Direto

O Tesouro Direto é considerado o investimento mais seguro do mercado, pois o seu emissor é o próprio governo federal. Além disso, esses títulos também estão entre os mais versáteis da renda fixa, oferecendo diversos vencimentos, tipos de remuneração, valores iniciais e, também, a possibilidade de receber renda passiva de diferentes formas.

Comecemos pelos títulos que pagam juros semestrais, que são o Tesouro Prefixado tipo NTN-F e o Tesouro IPCA+ tipo NTN-B. O prefixado oferece previsibilidade de rendimentos, pois a sua remuneração é dada por uma taxa fixa anual. Por sua vez, o Tesouro IPCA+ é uma boa alternativa para proteger o dinheiro da inflação no longo prazo, pois parte de sua remuneração é fixa e parte é atrelada ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Há também duas opções para quem deseja receber uma renda extra mensal no futuro. O Tesouro RendA+ foi lançado com o objetivo de complementar a aposentadoria. Já o Tesouro Educa+ funciona como um planejamento para custear gastos com educação.

Tanto o RendA+ quanto o Educa+ são híbridos, ou seja, parte da remuneração é fixa e parte acompanha o IPCA. No site do Tesouro Direto, você pode encontrar diferentes vencimentos e fazer simulações com valores e prazos que desejar.

2 – Ações que pagam dividendos

Na renda variável, as ações costumam ser as mais lembradas entre os investimentos para receber renda passiva.

Segundo a legislação brasileira, parte do lucro das companhias deve ser distribuído aos acionistas. De forma geral, as empresas mais maduras e que atuam em segmentos mais consolidados da economia costumam ser as melhores pagadoras de dividendos da bolsa.

Veja também:  ETF

Alguns exemplos são as blue chips dos setores financeiro, de infraestrutura, de energia, mineradoras e petrolíferas. Normalmente, esses setores são mais estáveis e, por isso, os resultados dessas empresas costumam ser mais regulares. Por isso, conseguem pagar dividendos mais robustos e de forma mais regular do que a maioria das small caps do mercado.

O dividend yield é um dos indicadores mais utilizados para avaliar o potencial de pagamento de dividendos de uma ação ou fundo imobiliário. No entanto, para escolher ações para investir, é importante utilizar também outros indicadores financeiros que demonstrem a rentabilidade, geração de caixa, endividamento e demais aspectos relativos à saúde financeira da empresa.

LEIA TAMBÉM:

Preço/Lucro (P/L): como calcular e utilizar esse indicador

EBITDA: o que é e para que serve esse indicador financeiro

Lucro líquido ou EBITDA: qual o melhor indicador de resultado?

ROE: o que é e por que esse indicador é tão importante?

3 – Fundos imobiliários

Os fundos imobiliários (FIIs), assim como as ações, também são obrigados por lei a distribuir seus resultados. Nesse caso, o percentual obrigatório é de 95% do lucro auferido no exercício, e a maioria dos FIIs distribuem mensalmente esses lucros.

No mercado, existem três tipos de FIIs: os de tijolo, que investem em imóveis físicos; os de papel, formados por recebíveis do mercado imobiliário; e os híbridos, que possuem ambos os ativos na carteira. Dependendo do momento da economia, um ou outro tipo pode ser mais interessante, o que confere versatilidade ao investimento.

Da mesma forma que acontece com as ações, os FIIs também possuem indicadores que permitem avaliar a sua performance e qualidade. É muito importante conhecê-los, para fazer a escolha correta para a carteira.

Clique abaixo, e conheça alguns dos principais indicadores de fundos imobiliários:

Como escolher um fundo imobiliário: conheça 5 importantes indicadores

4 – ETFs

Os ETFs (Exchange Traded Funds) estão entre os investimentos de renda variável que mais proporcionam diversificação à carteira.

As cotas dos ETFs são negociadas na bolsa, e o seu objetivo é replicar o comportamento de determinado índice ou ativo do mercado financeiro. Por exemplo, há ETFs de renda fixa, ETFs ligados a índices nacionais (como o Ibovespa ou o IFIX, por exemplo) e até mesmo ETFs de criptoativos, para os perfis mais arrojados.

Veja também:  Cartão de Crédito vs Cartão de Débito

E também já existem opções que atendem quem está em busca de investimentos para receber renda passiva. Em janeiro de 2023, a B3 autorizou a listagem de ETFs que pagam dividendos ao investidor.

Embora não exista uma regra única definida para todos os ETFs, os que estão disponíveis na bolsa hoje pagam dividendos mensais. Critérios como liquidez, gestão, histórico de resultados e custos são importantes na hora de escolher um ETF para investir.

5 – Fiagro

O Fiagro (fundo de investimento nas cadeias produtivas do agronegócio) é uma forma de investir em um dos setores mais representativos de nossa economia. Esse tipo de fundo investe no agro brasileiro, sendo que esse investimento pode ocorrer diretamente em imóveis de áreas rurais, em títulos que representam negociações do setor (como LCAs e CRAs) ou mesmo sob a forma de participações em empresas do segmento.

Os Fiagros pagam dividendos, e, sob determinadas condições, as suas cotas são isentas de IR nas negociações.

6 – Previdência privada

Por fim, vale a pena incluímos aqui os fundos de previdência privada. Na verdade, esse investimento pode ser utilizado para complementar a aposentadoria, para financiar algum projeto específico no médio ou longo prazo, para obter benefícios fiscais, e até mesmo para facilitar a sucessão patrimonial.

Embora seja um investimento simples, existem algumas peculiaridades sobre a previdência privada que o investidor precisa conhecer para fazer a escolha mais adequada. Por exemplo, para quem faz a declaração completa do IR e possui despesas dedutíveis, o PGBL é a modalidade mais indicada, pois permite abater da renda bruta até 12% das contribuições anuais. Já o VGBL é indicado para quem faz a declaração simplificada e não tem deduções de despesas.

Independentemente do tipo, a previdência privada é uma boa ferramenta de planejamento financeiro. Além de proporcionar um rendimento extra no futuro, os aportes mensais ajudam a criar o hábito de investir.

Vamos te ajudar a cuidar melhor do seu dinheiro!

Veja também

Dhiego Carvalho
Dhiego Carvalhohttp://investidordozero.com
Meu nome é Dhiego Carvalho, sou um professor de matemática e física formado pela Universidade de São Paulo (USP) – Campus São Carlos. Nasci e cresci em uma cidade pequena chamada Rio das Pedras, no interior de São Paulo. De origem simples, com mãe diarista e divorciada, sou o mais novo de cinco irmãos. Pude perceber na prática como uma má gestão das finanças pode gerar problemas familiares difíceis de se resolver. Com 18 anos, saí de casa e fui morar em São Carlos–SP para cursar Física. Desde então, minha paixão por números e análise me levou a explorar o mundo dos investimentos, e agora estou aqui para compartilhar meu conhecimento e experiência com você.

Artigos Relacionados