CRI e CRA

Investindo com Inteligência: CRI e CRA


Investir é como explorar um vasto deserto financeiro. No entanto, há oásis de oportunidades que oferecem certa segurança, bons retornos e, o melhor de tudo, isenção de impostos. Neste cenário, surgem como estrelas-guia os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Vamos entender o que são, como funcionam e por que podem ser excelentes opções para o seu portfólio.

CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários)

O que é CRI?

CRI é um título de renda fixa emitido por companhias securitizadoras. Seu objetivo é captar recursos para financiar o setor imobiliário. Funciona como uma forma de emprestar dinheiro para o mercado imobiliário.

Como funciona?

  1. As instituições financeiras emprestam dinheiro para pessoas ligadas ao setor imobiliário (físicas ou jurídicas).
  2. Essas dívidas são transformadas em CRIs, que são negociados no mercado financeiro.
  3. O investidor recebe remuneração ao longo do tempo conforme os recebíveis (créditos a receber) forem quitados.

Garantia e Rentabilidade

  • O CRI não possui a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
  • A rentabilidade geralmente é indexada ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e pode variar conforme o prazo.

CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio)

O que é CRA?

CRA também é um título de renda fixa emitido por securitizadoras. Seu lastro são os recebíveis originados de negócios do agronegócio.

Como funciona?

  1. Os recebíveis (créditos) do agronegócio são reunidos em uma estrutura específica e transformados em CRAs.
  2. O investidor recebe remuneração conforme esses recebíveis forem quitados.

Garantia e Rentabilidade

  • O CRA também não possui a garantia do FGC.
  • Por estar relacionado ao agronegócio, geralmente oferece retornos superiores ao investidor.
CRI e CRA ideia central

Diferenças entre CRI e LCI, CRA e LCA

  • Origem:
    • LCI e LCA são emitidas por bancos.
    • CRI e CRA são emitidos por companhias securitizadoras.
  • Garantia:
    • LCI e LCA têm a garantia do FGC.
    • CRI e CRA não contam com essa proteção.
  • Prazos e Liquidez:
    • LCIs e LCAs possuem prazos mínimos de resgate (geralmente 90 dias).
    • CRIs e CRAs têm prazos mais longos e menos liquidez.
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Atenção!

Investir em CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) pode ser uma ótima maneira de diversificar seus investimentos e buscar rendimentos isentos de imposto de renda. No entanto, como qualquer investimento, eles não estão livres de riscos. Um dos principais é o risco de crédito, que é a possibilidade de a empresa que emitiu o certificado não conseguir pagar o que deve. Além disso, CRIs e CRAs não têm a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), então, se algo der errado, você pode não recuperar seu investimento. Outro ponto é a liquidez, ou seja, a facilidade de converter seu investimento em dinheiro. CRIs e CRAs geralmente têm prazos mais longos e podem ser mais difíceis de vender rapidamente. Por isso, é importante avaliar bem e entender esses riscos antes de investir.

Expectativa de retorno (Dinheiro na conta!)

Investir em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) pode ser uma jogada astuta para quem busca rentabilidade acima da média. Por exemplo, enquanto uma LCI pode oferecer um retorno de 90% do CDI, um CRI pode chegar a render 120% do CDI, refletindo o potencial de maior lucratividade desses títulos. Da mesma forma, um CRA pode proporcionar um retorno de 115% do CDI, comparado a uma LCA que talvez renda 95% do CDI. Essa diferença se deve ao fato de que CRIs e CRAs, apesar de não contarem com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) como as LCIs e LCAs, são lastreados em ativos reais e operações robustas do setor imobiliário e agrícola, o que tende a oferecer retornos mais atraentes. Além disso, a isenção de imposto de renda para pessoas físicas nos CRIs e CRAs amplia o ganho líquido, tornando-os investimentos tentadores para quem está disposto a explorar essas opções além dos tradicionais títulos de renda fixa.

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Como investir em CRI e CRA.

Investir em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) é um processo que você pode realizar de forma totalmente online. Aqui está um guia passo a passo simplificado para começar:

  1. Escolha uma Corretora: Primeiro, você precisa abrir uma conta em uma corretora de valores que ofereça esses produtos de investimento.
  2. Análise de Opções: Verifique as opções de CRI e CRA disponíveis na corretora. Cada título terá suas próprias características, como taxas de retorno, prazos e riscos associados.
  3. Verifique o Prospecto: Avalie todas as informações sobre a proposta de CRI ou CRA. O prospecto contém detalhes importantes sobre o investimento, incluindo a remuneração, o lastro e os riscos.
  4. Solicite uma Reserva: Informe à corretora de valores quantos títulos deseja adquirir e faça a reserva dos mesmos.
  5. Analise o Valor Mínimo: Alguns CRIs e CRAs têm um valor mínimo de investimento. Certifique-se de que está confortável com o montante necessário para começar.
  6. Confira o Risco: Como qualquer investimento, CRIs e CRAs têm riscos. É importante entender esses riscos antes de investir.
  7. Transfira o Dinheiro: Uma vez que tenha feito sua escolha, você precisará transferir o dinheiro para a corretora para finalizar a compra dos títulos.
  8. Acompanhamento: Após investir, acompanhe o desempenho dos seus títulos e fique atento aos prazos e pagamentos de juros.

Conclusão

Lembre-se de que, embora CRIs e CRAs possam oferecer retornos atrativos e isenção de imposto de renda, eles não são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que significa que há um risco de crédito envolvido. Portanto, é crucial fazer uma análise cuidadosa e considerar se esses investimentos se alinham com seu perfil e objetivos financeiros

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Dhiego Carvalho
Dhiego Carvalhohttp://investidordozero.com
Meu nome é Dhiego Carvalho, sou um professor de matemática e física formado pela Universidade de São Paulo (USP) – Campus São Carlos. Nasci e cresci em uma cidade pequena chamada Rio das Pedras, no interior de São Paulo. De origem simples, com mãe diarista e divorciada, sou o mais novo de cinco irmãos. Pude perceber na prática como uma má gestão das finanças pode gerar problemas familiares difíceis de se resolver. Com 18 anos, saí de casa e fui morar em São Carlos–SP para cursar Física. Desde então, minha paixão por números e análise me levou a explorar o mundo dos investimentos, e agora estou aqui para compartilhar meu conhecimento e experiência com você.

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